domingo, 9 de setembro de 2007

Habitação

O verbo virou gente
e armou sua barraca em nosso acampamento,
fez seu barraco em nossa favela,
construiu sua oca em nossa aldeia,
fabricou sua cabana em nosso quilombo,
construiu seu palacete em nosso condomínio fechado.
E no meio de nossa escuridão, de nossa angústia e nossa dor,
vimos a sua glória, como a do unigênito do pai,
como a do menino sem mãe,
como a da mãe sem filhos,
como a da criança sem casa,
como a do sofredor à espera do paraíso.
O verbo virou gente e o tornamos instituição.
mas no meio da dura estrutura que levantamos,
o verbo se fez ressurreição,
se metamorfoseou em tantos rostos e jeitos,
que sua glória cobriu toda a terra
e de novo nos fez irmãos.

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