sábado, 7 de novembro de 2009

Tempo de decisões

Está chegando um tempo importante para a vida e missão da Igreja. Vem aí o concílio. Estou numa esperança louca de que coisas novas venham à luz. Estou num medo doido de que a gente enfrente grandes dificuldades. Estou com fé em Deus e isso precisa superar tanto o medo quanto a esperança, que são coisas de gente - e Deus é mais...
Eu tenho visto coisas muito difíceis acontecendo no meio evangélico no nosso País. Coisas de arrepiar mesmo... E algumas delas estão flertando perigosamente conosco todos os dias.
Estamos em busca do extraordinário, mas nos esquecemos do arroz com feijão que fortalece nossa fé. Seguindo a pós-modernidade, estamos fragmentados entre o crente em êxtase da Igreja e o crente amoral do mundo - como se isso fosse possível aos olhos de um Deus tão zeloso e santo quanto o nosso. O fim dos tempos anda mais próximo do que nunca. Será que o Filho do homem achará fé na terra? Achará fé em nós? Em mim? Pergunto-me todos os dias, tento manter a saúde da minha alma, cuido do meu coração e da doutrina, como Paulo recomendou a Timóteo. Mesmo assim, não estamos isentos do erro, da dificuldade, da distorção.
Por isso, oro a Deus pelas lideranças, pelos membros das Igrejas, pelos pastores, pastoras, evangelistas, missionários, comunicadores cristãos... Peço pelo bispo, cuja tarefa de liderar e conciliar é tão intensa que, ao final de tudo, o cansaço certamente é muito. Peço para ele visão, calma, amplitude de coração, discernimento (que eu acho o dom mais importante de todos no exercício da liderança cristã). Que cada experiência passada o consolide mais e mais na difícil tarefa de liderar uma Região tão vasta e diversificada como a nossa. Peço por renovação das suas forças, por motivação interior (porque os ataques externos às vezes querem drenar todas as nossas forças). Peço que Deus dirija nossos humanos desejos, muitos deles pecaminosos e faltos, para outro lado que não a missão. Que Deus os expurgue de nós, pois estamos, muitas vezes, buscando um poder que não é nosso...
Nesses tempos de tantas vozes, de tantos apelos, de coisas diferentes e novidades mirabolantes, lembro do Salmo 130: Senhor, meu coração não se elevou, nem meus olhos levantaram. Não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas elevadas para mim. Decerto, eu fiz calar e sossegar a minha alma, qual criança desmamada para com sua mãe. Assim como esta criança, tal é minha alma para contigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre"...

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