quinta-feira, 26 de março de 2015

Se perecer, pereci.

E foi esta a resposta de Mardoqueu para Ester: “Pensas tu que por estares no palácio escaparás, quando todos os outros judeus forem mortos? Se te mantiveres calada numa situação destas, de outra parte se levantará livramento para os judeus, mas tu e os teus parentes morrerão. E quem sabe se não foi para um tempo como este que Deus te trouxe a essa posição?” (Ester 4.14). 
Não acredito em salvadores da pátria. Não acredito em pessoas iminentes que surgem para apaziguar o caos. O livro de Juízes nos demonstra que libertadores atuam por um tempo e logo depois as pessoas revelam seu melhor e seu pior novamente. Parece que a bonança dura pouco. Mas creio na honestidade, na verdade e na justiça. Ando sofrendo por ver que isso de fato vem se tornando uma coisa cada vez mais de fé, porque os olhos andam vendo pouco. Mas quando Ester foi feita rainha e uma injustiça aconteceu ao seu povo, ela quis se esconder por trás de sua posição. Ela temeu por si mesma. O desafio de sair de sua zona de conforto pareceu-lhe tremendo. Mas seu mentor lembrou a ela seu papel e seu lugar na sociedade. Todos nós ocupamos um. O que fazemos dele é responsabilidade nossa. O mundo, Deus, a sociedade, seja lá quem for nos cobrará por estarmos ali e não agirmos da maneira correta. É difícil assumir posturas, condições, ter palavra nesses dias. Mas no fim, poderemos achar escape, mas sempre será temporário. Um dia, vamos ter de responder por nossas ações. Será hoje? Será amanhã? Não sei, mas sei que será. Por isso, por mais doído que seja, o que se espera de nós ainda é o mesmo: Entrarei na presença do rei e darei curso à queixa do povo. Se perecer, pereci.

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